
domingo, 20 de dezembro de 2009
Santos, Sujos e Malvados

quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Ossos do Ofício

segunda-feira, 27 de abril de 2009
Um Homem de Gestos Simples

Muddy Fields foi um estrangeiro que rapidamente assimilou o melhor da cultura nacional, como comer caipirinhas, digo, tomar caipirinhas, matar índios e plantar macacos. Na foto, a velha criatura, mostrando um dos gestos que o caracterizou, geralmente usado para sintetizar seu pensamento frente a importantes membros das autoridades brasileiras. E também para qualquer um que lhe desse na telha.
domingo, 26 de abril de 2009
Kaingang`s Blues



3 - Kaingangs indo atrás de Carlinhos Brown Fields.
O contato de Muddy Fields com os Kaingang teve início no final do século XVIII e efetivou-se em meados do século XIX, quando os primeiros chefes políticos tradicionais (Põ’í ou Rekakê) aceitaram aliar-se aos conquistadores brancos (Fóg), transformando-se em “capitães”. O que não passou de uma jogada do estrategista Fields para infiltrar-se entre a tribo e desestruturar sua cultura, contaminando seus hábitos e costumes. Entre 1840 e 1930, Muddy Fields conseguiu provocar cisões entre algumas facções, provocando a guerra entre os próprios Kaingangs, em uma esperta armação de extermínio na qual o Coronel não precisou por a mão, fingindo-se de “amigo” de ambos os lados.
Porém, consta que Muddy Fields acabou adoecendo quando estava em convívio com os bugres. Para seu desgosto, foi obrigado a se beneficiar de práticas que considerava rudimentares. Os Xamãs Kaingangs o fizeram beber chás e ervas para curar as inúmeras doenças que apareceram no corpo do homem branco de alma escura, como era chamado. O mata-campo combateu a diarréia. A folha de bergamota curou a gripe. E o sassafraz foi usado para controlar a pressão alta. Ainda prepararam armadilhas de arapuca e laço para pegar saracura e jacu, além do mondeo, tronco suspenso para pegar tatu. Essa “bizarra” alimentação acabou curando “A Coisa Infestada de Bicho” como também foi chamado, segundo suas próprias anotações em tom de galhofa. Ao seu redor foram realizadas danças típicas como a do Kiki Koy, que, segundo anotações cheias de escárnio encontradas nos diários de Muddy, consiste em um ritual de festa comunitária em homenagem aos antepassados, na qual são dados nomes e marcas para seus integrantes. Diz-se que o nome que Muddy Fields usava entre os índios era Carlos Brown, entendido por eles como Cacubau, ou de forma simplificada: Caracu, ou Cara de Cu. Os Kaingang dividem-se em Kamé (filhos da Lua), representados por riscos, e Kanhru (filhos do Sol), representados por bolas. Cara de Cu, entre eles, acabou sendo tomado por Filho de Rameira Velha (seria uma árvore?).
Muddy foi presenteado com os tradicionais balaios com taquara, anéis confeccionados com cipó, colares com sementes e arco e flecha. E mais tarde teria queimado todos os presentes em frente dos sobreviventes de famílias por ele dizimadas.
Recuperado e com a saúde firmemente estabelecida, Muddy Fileds, já familiarizado com os costumes e o cotidiano da tribo, exterminou grande parte da aldeia. Sendo tomado como brilhante seu plano por autoridades da época, chegando a ser ensinado em escolas e citado entre os cidadãos ilustres.
Muddy Fields no Pico

Muddy Fields teria sido o primeiro a escalar o Pico do Jaraguá. A façanha se deu em 1925, mas só foi lembrada e noticiada dois anos depois. Conta-se que sempre que vinha à Capital, o alpinista se ofendia com a imponente afloração. Vários o viram falando sozinho e mirando o vulto da montanha. Alguém o teria ouvido dizer: "Pensa que eu não te submeto, virgem?" Quando, dois anos depois, o boca-a-boca trouxe a lenda às barbas das autoridades, o Governo de São Paulo, que sempre teve em Muddy Fields um de seus credores exponenciais, quis homenageá-lo, dando à montanha o nome do aventureiro e domador. Foi o próprio Muddy quem se opôs à troca. "Não quero ninguém nem porra nenhuma com o mesmo nome que eu", um acessor de governo o teria ouvido berrar. E nunca mais se falou no assunto.
sábado, 4 de abril de 2009
James Caan cogitado para viver Muddy Fields em série da TV americana

Michael Fields, que dirigirá a série e é neto do famoso antropólogo biografado, disse que foi procurado pelo astro. James Caan teria tido contato com as lendárias histórias de Muddy Fields ainda nos anos sessenta, quando conheceu Katherine Anne Porter. A autora de Noon Wine, que teve duas adaptações para a TV, a primeira por Sam Peckinpah, naquela década, e a segunda, em 85, pelo próprio Michael Fields, foi amiga, amante e correspondente de Muddy F. Fields durante alguns anos. Michael Fields se disse surpreso e honrado com a oferta. Se nada impedir que a vontade do astro se concretize, o diretor se diz mais que satisfeito com a participação. As gravações devem começar em setembro, no Texas, ainda sem o ator principal, que só viria a participar da produção já em locações no oeste paulista, no começo de 2010.
terça-feira, 24 de março de 2009
O Esteta do Genocídio
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Foto 2: Coleção de répteis de M.F.F.. Local não identificado. (Provavelmente Faz. Sta. Pamela)
Foto 3: Muddy em rara fotografia, com seu touro Fuquer, campeão numa das primeiras exposições em Barretos (s.d.)
Foto 4: Muddy Fields, sempre apegado à ciência, passava horas, todos os dias, estudando bactérias "mais eficazes".



sábado, 14 de março de 2009
The Mol Ester 2

No começo do ano, nós, Leo Lama e Edu Campos, a bordo de um balão alugado, (The Mol Ester 2), nos aproximamos de uma das supostas propriedades de um dos mais abastados herdeiros de M. F. Fields, na região de Araçatuba. Como não fomos bem recebidos por terra, tentamos seguir com nossa pesquisa pelo ar, na esperança de que conseguíssemos ver as lendárias ruínas de uma antiga civilização do planalto paulista. Consta que o Coronel Fields cercou sua descoberta de segredo até o fim de seus dias e que um de seus filhos, hoje octogenário, mantém o local longe de visitação. A floresta, vista na foto, não é original dos dias do antropólogo texano, que a pôs abaixo com fogo, como era a prática da época. Posteriormente, o filho do velho milionário, disfarçado de ecologista, deixou o mato crescer pra esconder os seus “tesouros”, acumulado a base de negócios ilícitos.
"Tudo ia bem e nós pudemos fotografar, mas em seguida ouvimos um estampido e o assobio de um projétil que atingiu o balão. Então, não nos arriscamos a descer e tivemos que desistir. O prejuízo foi enorme, mas está longe de nos assustar ou nos fazer desistir do que é de interesse histórico e público." (Edu Campos; in. Gazeta de Araçatuba, 25/02/09)
“Foi tudo muito louco. Até hoje não sabemos quem nos fotografou no Balão. Essa foto nos chegou pelo correio, como uma espécie de ameaça. Como se alguém estivesse querendo dizer que se o balão foi atingido, nós também poderíamos ser. Não tinha nenhum avião por perto, outro balão, ou algum morro que alguém pudesse estar nos vendo. Quando se trata de Muddy Fields, tudo é muito misterioso.”. (Leo Lama; in. Gazeta de Araçatuba, 25/02/09)
sexta-feira, 6 de março de 2009
Araras e Sararás

Consta que, a partir de 1919, Muddy F. Fields dedicou-se ao tráfico de animais silvestres. Na época, tal atividade não era considerada ilegal. Lucrativa, como o comércio de negros africanos algumas décadas antes, tal transação se justificava e era apenas mais uma das inúmeras negociações comerciais que um homem poderia fazer. "São apenas animais barulhentos, se pudermos mandar essa praga pra longe e ganhar dinheiro com isso, tanto melhor para o país. Esses passarinhos esquisitos cagam pra diabo". Teria dito. O governo, naqueles tempos, pensava como o empreendedor-antropólogo-homem-de-bem-americano.
Muddy teve grande êxito no comércio de araras e outros psitacídeos, que logo se tornaram muito populares entre seus amigos do meio cinematográfico hollywoodiano. Os pássaros exóticos ganharam fama no mundo todo e renderam muito dinheiro ao explorador ianque-paulista. Porém, em menos de duas décadas, estavam extintos na região.O Coronel Fields não se intimidou e manteve agentes por florestas de todo o Brasil para continuar seu negócio. Quando perguntado se não se incomodava em ganhar dinheiro com a matança de aves, o milionário respondeu: "São apenas animais, eles nem sabem o que está acontecendo.". Frase que também usava quando se referia a índios. Quando a atividade se tornou oficialmente ilegal, continuou sendo “legal” para M.F. Fields.
Curiosidade: Muddy se divertia sobremaneira com os palíndromos que lhe eram ensinados na língua portuguesa. Descobriu que “arara” de qualquer lado era a mesma merda e acrescida do plural, virava outra “raça de bicho” que ele também desprezava, o sarará.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Sífilis do Meio Dia


Foto2: Katehrine Anne Porter em frente a uma das propriedades de Muddy Fields, onde a escritora teria contraído a sífilis.
Muddy F. Fields foi um conquistador em vários sentidos. Como Pelé, “um índio escurecido que sabe chutar um couro” (Muddy teria dito certa vez), que teve em sua alcova artistas consagradas da nossa maravilhosa MPB, tais como Xuxa e Gal Costa, Mr Fields também andou valorizando seu passe. Entre outras tantas conquistas, o famigerado antropólogo-alemãozão-americano, acabou por conseguir fazer muito amor carnal
Katherine Anne Porter nasceu em 15 de maio de 1890
terça-feira, 3 de março de 2009
Massacre Aéreo

O velho Muddy adorava esse impressionante intantâneo e, dizem, chegou até a enquadrar sua obra fotográfica, que estaria pendurada em sua sala de jantar.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Caça

Notícias



1: Pouco antes de vir ao Brasil, Muddy Fields foi um dos pioneiros do cinema americano. Na foto, podemos vê-lo em uma de suas produções em Hollywood.
2: Gert Fields, um possível filho de Muddy, aprendeu a atirar com o pai e passou a maior parte das últimas décadas na África ou em algum lugar assim. "Meu pai matava índios. Hoje em dia é proibido." Diz.
3: Gert gosta de comer veadinhos.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
O Homem, a Lenda

Estamos agora procurando pessoas ou instituições interessadas em nos patrocinar nessa importante pesquisa histórica, nunca antes realizada. Do que já descobrimos, sabemos que Muddy Fields esteve envolvido em praticamente tudo em sua época. Podemos dizer que é uma falta muito grave a total exclusão de qualquer referência a esse homem em quase toda a bibliografia histórica referente a assuntos em que sua participação foi tão marcante. A maior parte do que conseguimos encontrar foi através de documentos que nos foram cedidos por descendentes, amigos e até inimigos, mencionados de passagem em alguns textos já há muito fora de circulação. Entendemos os fatores políticos e sociais que levaram as autoridades a excluírem o nome de quem, para muitos, é considerado um facínora, mas achamos que já é tempo dos fatos históricos serem tratados com mais justiça.
Por conta própria, com os poucos recursos que temos, fizemos algumas viagens e colhemos algumas informações, mas precisaríamos de muito mais subsídios, pois a busca por um homem tão propositalmente esquecido inclui, entre tantas outras coisas, escavações arqueológicas, exumações e expedições a regiões ermas. Sabemos que, inclusive, há a possibilidade de haver um tesouro de valor incalculável que ainda não foi encontrado. Seguiremos nossa busca mesmo sem apoio, porque assim são as coisas em nosso país.